Thursday, January 31, 2008

7 questions with Djinho Barbosa



Djinho Barbosa, músico e autor do blog Son di Santiagu.


1- Tens um percurso musical maduro, tendo sido membro dos Abel Djassi nos anos 80, como é que está o panorama musical Cabo-verdiano?


Resposta: Tive várias e boas oportunidades na música. Participei em grupos em Assomada, minha vila, depois fundei o Abel Djassi com outros colegas, Finason, Quarteto…Conheci bons músicos pelo caminho. Isto é o fundamental. O panorama musical CV está bem, mas convêm dizer que sempre há lugar para se melhorar.


2- Quem foi a tua inspiração na música?


Resposta:Costumo dizer que a primeira música que ouvi, é a dos Beatles. O son dos Beatles me inspira sempre.


3- Que sons ouves? Aconselhas?


Resposta:Ouço de tudo, mas há dias resolvi não ouvir mais a música do Zé Lóvi…aquela sempre na mesma velocidade e mesma lírica…


4- Como nasceu Son di Santiagu, o teu blog?


Resposta:Como uma forma de você escrever “músicos de Santiago” no google e aparecer uma lista, e claro falar do meu projecto, ou ainda exercer alguma cidadania, tão necessária hoje.


5- Três (3) músicos que fizeram a diferença na tua vida? Porquê?


Resposta:Zezé Barbosa (meu irmão fundador dos Tubarões), Beatles e Bob Marley. O primeiro me fez gostar dos Beatles e perceber o som que fazem, o segundo: Beatles é reportório obrigatório e Marley porque, o que seria do mundo sem o reggae.


6- Trás di son, o teu último álbum, porquê este titulo? Qual a mensagem deste disco?


Resposta:O titulo do álbum é a sua própria mensagem. Reservar 1 hora e 10 minutos para sair Trás di Son.


7- A mais bela melodia ouvida em 2007? A pior? O que gostarias de ter ouvido e não ouviste?


Resposta: A melhor: Pedra (Letra e Musica de Vasco Martins ?)A pior: a lista dos Djs das Fms locais (mau gosto total)O que gostaria de ouvir: Um concerto com o Miles.

7 questions with Guida Mascarenhas

Guida Mascarenhas autora do blog DE OLHO NA PRAIA (http://deolhonapraia.blogspot.com/)

1. Falemos do teu blog. Quais os seus objectivos? O que te levou a inicia-lo?


Acho que sempre fui muito reivindicativa e em função de muitas coisas, entre as quais a nossa falsa democracia, acabava por ficar com as minhas opiniões ou então socializa-las apenas com o pessoal mais próximo. Com o blog, passo a poder socializa-las com mais pessoas, que tenham interesse em discutir sobre os temas e deixar registada a minha opinião. Acredito que o debate entre pessoas com opiniões divergentes costuma produzir resultados interessantes capazes de gerar mudanças. De olho na Praia, tem como objectivo promover a discussão de temas diversos, que de alguma forma me tocam, relativamente à minha cidade. Busco discussões, criticas, opiniões diferentes da minha ou seja reacções sobre o tema, com algum humor quando possívelJ!

2. De onde vêm a inspiração dos teus posts?


Como já tinha dito anteriormente quero poder emitir as minhas opiniões e sugestões relativamente a questões relacionadas à minha cidade, que eu acredito que possa ser LINDA, LIMPA e sim a menina dos olhos de nos todos e não como agora onde ela é a menina dos olhos dos miupes!!!!! Eu acredito que nós temos poder e competência para mudar esta cidade. É só sermos mais exigentes, mais reivindicativos e menos egoístas.


3. Se publicares um post sobre um problema na Cidade da Praia achas que faz diferença na sua resolução? Como?


Engraçado porque o meu Blog teve o seu inicio, justamente com um protesto que eu iniciei relativamente a uma alteração que uns chineses resolveram fazer na porta da antiga casa de Pasto Amélia, na Av. Amílcar Cabral. Iniciei o Blog de manha e no dia seguinte mudaram a porta. Acho que alem da vontade de escrever, tive a sote de perceber o impacto do que eu tinha escrito no mesmo dia. Senti-me útil! Afinal a cidade é minha e tenho direito e dever de exigir que ela seja bem conduzida.


4. Que posts querias de ter publicado em 2007 e sentiste condicionada a não fazer? Condicionada pela relevância, pressões sociais, tempo, conflitos de interesse …


Uma “bomba” ao Ministro da Cultura e ao Sr. Barreto do Palácio da Cultura. Mas, como nada mudou, acho que em 2008 o tema estará bastante actual… me aguarde! É que há coisas que acontecem nesta cidade, que alem de me dar um nó no cérebro dá-me um nó no estômago! As coisas públicas são pagas por nós e ver gente a fazer mau uso delas e acreditar que lhes pertence é de irritar a qualquer um! Tenham pelo menos um pouco de vergonha… só um pouquinho!

5. Ter um blog faz diferença na vida das pessoas? O que mudou em ti? E nas pessoas que te seguem?


Sinto-me útil. Lembro-me quando iniciamos o protesto para que o palácio da cultura não fosse transformado em posto de cobrança da Electra, o resultado deu-me enorme satisfação. Podemos sim fazer a diferença.

6. 3 coisas mais bonitas da tua Cidade?


-A Baía da Gambôa é Maravilhosa, tem o azar de estar nas mão de quem está
-A Rua do Mercado tem um potencial enorme e casarões espectaculares, tem o mesmo
- A Casa Cor-de-rosa, que está entregue ao Instituto Camões e nós, praienses não podemos aproveitá-la. Senhores governantes, preservar não significa não usar. O Património deve ser divulgado e de livre acesso. Contudo é fundamental ensinar, ou orientar as pessoas, no sentido de saberem utilizá-lo e tirarem melhor proveito dele


7. Guida, quem te conhece sabe que és uma pessoa muito positiva, o teu blog é o verso da medalha?


Já me tinham feito essa pergunta. Mas não. Eu protesto porque quero que as coisas melhorem e por acreditar. Tenho é um defeito que estou a tentar controlar, que é escrever quando chego a casa indignada com algo. Mas não pretendo que o meu blog seja pessimista.


Quero que os temas sejam discutidos sem florzinhas, ou seja, objectivamente. Criticar não significa ser pessimista. É tentar que as coisas melhorem. Mas é por já ter vivido numa Praia de outros tempos, ter actualmente outras referências e outro nível de exigência que não posso aceitar a cidade que tenho.


Eu critico porque acredito que não é assim tão complicado. É só deixarmos de ser políticos e passarmos a ser bons gestores da coisa pública. Guio-me pelo meu bom-senso e ei, sempre, de criticar a todos, mesmo que venha a adoptar algum partido, quando as coisas não estiverem bem. Devemos todos fazer criticas construtivas.